Estão discutindo no Congresso a redução de jornada no Brasil. De 44 para 40 horas. Já trabalhei 44 horas em algumas empresas, mas hoje em dia trabalho 40. Particularmente acho que essa diferença é significativa para o trabalhador. Nunca trabalhei aos sábados. Essas 4 horas a mais representavam almoços mais curtos. Ou jornadas mais longas.
Acho uma mudança bem vinda, e quem é regido pela CLT deve estar acompanhando o assunto com atenção. Estou comentando esse assunto aqui porque ouvi no rádio uma entrevista do Deputado Federal Nelson Marquezelli. Ele disse que os defensores da proposta argumentam que o trabalhador vai passar mais tempo com sua família, vai estudar mais, ou simplesmente terá mais tempo para lazer. Porém o deputado declarou que isso é uma bobagem. O trabalhador vai é passar mais tempo no bar. No jogo. Longe de casa. Por que, conclui o parlamentar, nós devemos deixar o trabalhador escolher o que quer fazer com o tempo dele? Por que, se ele pode estar produzindo e sendo útil para a sociedade, vamos deixá-lo fazer o que quiser?
É sério, o cara disse isso. Em 2009. Achei totalmente surreal. Se ele quer criticar a proposta, deveria argumentar usando aumento de custos, que isso seria repassado para a sociedade, sei lá, qualquer coisa. Mas o que ele falou foi absurdo demais.
Para o nobre deputado, o que eu tenho a dizer é que acho a minha atual jornada de 40h longa demais. Quero 35h. Futuramente me igualar ao pessoal que trabalha 30h.